domingo, 19 de dezembro de 2010
Ribaué III
Em Ribaué convivíamos
praticamente só uns com os outros dentro do quartel, que distava cerca de dois
quilómetros do pequeno povoado com poucas habitações de africanos e onde havia
também uma pequena fábrica de produzir cordas que pertencia a um senhor natural
de Vila Real, Portugal, um pequeno bar e um campo de futebol de onze, onde nós,
por vezes íamos dar uns pontapés na bola e bebermos uns copos no dito bar, as
palhotas que existiam eram habitadas por pretos que trabalhavam no quartel e
alguns dedicavam-se a marceneiros, mas tudo com ferramentas manuais, onde eram
exímios em fazer Cristos, crocodilos, jogos de chá, guarda-jóias, praticamente
tudo o que faziam era respeitante a imagens humanas e animais selvagens. Aqui
adquiri um jogo de chá composto por meia dúzia de cálices meia dúzia de
chávenas e respectivos pires, um guarda-jóias, um açucareiro, um bule e um
galheteiro, tudo feito em madeira de pau preto com as asas feitas de dentes de
elefante, tudo feito manualmente, de fazer inveja a muitos dos nossos
marceneiros que trabalham mecanicamente.
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Eu tinha todos os dias um jipe, pela manhã e ia á vila buscar pão, e uns pães com açúcar ia do quartel de Ribaue á vila Fui o cantineiro conhecido por Sousa (checa)
ResponderExcluirAinda não tinha visto as mensagens todas, espero que esteja tudo bem consigo e com toda a família, votos de um excelente 2016.
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